Morte

Não há novidade alguma em extinguir-se, não é mesmo?

As estrelas erram no infinito e acabam derruídas sobre si mesmas. Caem como relâmpagos desferidos ao próprio ventre.

Novidade se faz entre os vivos – nós outros, que seguimos a dura peregrinação sobre a Terra dos Homens. Proclamamos a dor da perda e nos consolamos.

Registramos em pesados livros a súbita sentença da vida: a morte. Senhora eminente, soberana, pesa o cetro fatal sobre todos nós . Só a fé nos redime, queridos amigos Só a fé inabalável de que a morte pode nos livrar de tudo que nos toca; mais do que isso não!